Leitura
Literatura e educação de jovens unidas
Debate promovido pelo Salão do Autor do Livro Pelotense colocou na mesa as dificuldades atuais
Jerônimo Gonzalez -
Livros e professores formam uma união quase indissociável. Foi pensando nisso e em maneiras de colaborar com os dilemas diários enfrentados pelos educadores que a Academia Pelotense de Letras (APL) resolveu inovar na 16ª edição do Salão do Autor do Livro Pelotense. No último sábado pela manhã o evento reuniu autores, professores e o público em geral para discutir os desafios contemporâneos da educação.
E não faltaram relatos de experiências enriquecedoras. Educadores jovens e experientes falaram sobre o quanto um bom exemplo pode ser motivador para os alunos e mudar a percepção deles sobre as disciplinas e, sobretudo, a literatura. Coordenadora do debate, a psicóloga e escritora Marlise Flório Real não tem dúvidas da importância de debater os temas do dia a dia em sala de aula e do impacto que isso tem sobre o ensino e aprendizagem.
“Os professores estão sempre muito envolvidos com as crianças e jovens. Às vezes até mais que os próprios pais. São eles que sentem as dificuldades de atrair a atenção e têm o comprometimento de estimular os alunos”, opina. Diante do sucesso do debate, que lotou a sede da APL no Parque Dom Antônio Zattera, a ideia é transformar estas conversas em algo mais frequente, com outras edições durante o ano.
Professora há 19 anos no Cerrito, Alvete Leão, 55, visitou pela primeira vez o Salão do Autor do Livro Pelotense. E pretende voltar nas próximas edições. “É enriquecedor pela troca de experiências, de conversar sobre literatura e também sobre o que vivemos diariamente nas escolas”, comenta.
Autores novos e consagrados
Pela primeira vez concentrado em apenas dois dias (sexta e sábado), o Salão superou as expectativas de acordo com a presidente da APL, Zenia de Leon. Foram mais de 200 autores com obras apresentadas. “Temos nomes consagrados e que não podem faltar, como o do historiador Sérgio Cruz Lima, e também muitos outros chegando. Especialmente da área científica. Abraçamos a ciência aqui na APL porque entendemos que sem as letras a ciência não existiria”, destaca.
Autor e frequentador assíduo do evento, o advogado Francisco de Paula Bermúdez Guedes se disse impressionado com a adesão do público ao Salão deste ano. Para ele, o tema escolhido para o debate e o ambiente montado fizeram com que a imagem excessivamente acadêmica fosse quebrada. “É fundamental integrar a APL e outros setores da sociedade, atraindo as pessoas e tirando essa concepção errada sobre a literatura.”
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